quarta-feira, 6 de maio de 2009

Divulgação da 1ª Temporada do Núcleo Teatral Filhos da Dita



Galera, esse é o flyer eletrônico de divulgação da 1ª Temporada do Núcleo, com o espetáculo "Os Tronconenses" de autoria de Lino Rojas e direção de Marcelo Palmares e Paulo Carvalho Jr.

Você é nosso convidado! Venha assistir ao espetáculo e bater um papo conosco! Queremos trocar com outros jovens (fazedores de teatro ou não), nossas experiências!
A Temporada acontecerá no TEATRO VENTRE DE LONA, toda terça e quinta-feira de 05 de maio a 02 de julho de 2.009, sempre às 20:00hs e há possibilidade de reserva de ingressos pelo fone: 2285 7758. A entrada é GRATUITA!
Local: Centro Cultural Arte em Construção - Teatro Ventre de Lona - Avenida dos Metalúrgicos, 2100 - Cidade Tiradentes - zona leste de São Paulo - SP

sábado, 25 de abril de 2009

Temporada do Espetáculo "Os Tronconenses"


Depois da estréia do espetáculo em novembro de 2008, o Núcleo Teatral Filhos da Dita se prepara para mais um novo desafio: a realização de sua primeira temporada!
Essa temporada faz parte do processo de fortalecimento do Núcleo e do trabalho de ator que está sendo desenvolvido conosco, pelo Marcelo Palmares e Paulo Carvalho (nossos diretores e atores do grupo Pombas Urbanas).
As apresentações acontecerão toda terça e quinta-feira dos meses de maio e junho as 20:00hs no Teatro Ventre de Lona e serão gratuitas!
Faremos agendamento com escolas públicas daqui de Cidade Tiradentes, para que jovens possam participar da temporada, mas também serão reservados ingressos para a comunidade em geral e outras pessoas interessadas.
Quer mais informações?
Entre em contato com a gente através do telefone (11) 2285 - 7758 ou venha nos visitar! Estamos no Centro Cultural Arte em Construção que fica na Avenida dos Metalúrgicos, 2100, aqui em Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Estréia dia 22/11/08 às 19hs, o Espetáculo "Os Tronconenses" com o Núcleo Teatral Filhos da Dita !!!



Concepção do Espetáculo

O espetáculo retrata a realidade em que vivemos. Tendo como personagem principal o Coro, formado por crianças representando a vida dos adultos e relacionando-se diretamente com os diversos espaços que compõem cada cena.

Ficha Técnica

Diretor: Marcelo Palmares e Paulo Carvalho.

Artista Gráfico: Diego Rojas.

Elenco:
Francisco Estanislav Carbajal Uribe
Luara Iracema de Oliveira Sanches
Jéssica Bráz Nunes
Cláudio Henrique Alves Pavão
Thábata Letícia Morais da Silva
Natali Conceição Santos
Fernando Alves Ferreira
Paulo Roberto Ramos Maia
Ellen Regina de Almeida Rio Branco
Ricardo Muniz Teixeira


Local: "Centro Cultural Arte em Construção" - Instituto Pombas Urbanas
Endereço: Avenida dos Metalúrgicos, nº2.100 (em frente ao sacolão Tiradentes)- Bairro de Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo.
Informações: (11) 2285-5699 (reserve seu ingresso por telefone).
Entrada Gratuita

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

SP: Atores transformam triciclo em rádio de rua

Categorias: grupos e coletivos




Em Cidade Tiradentes, bairro da periferia de São Paulo, jovens atores inventaram uma forma atraente e pouco convencional para divulgar a programação cultural do bairro e entreter a comunidade. Montados num triciclo paramentado e munidos de microfone e caixa de som, eles vão às feiras e locais de concentração de pessoas. Divulgam o que vai acontecer no Centro Cultural Arte em Construção de uma forma muito divertida, envolvendo quem passa nas histórias e nos dramas do mundo radiofônico. É a Rádio de Rua.




Muito à vontade, as pessoas também interagem com a rádio: uma delas pede para tocar o CD de sua banda, um rapaz faz declaração para a namorada, outros cantam funk... quem tiver junto se apropria rapidamente daquela brincadeira! Todos os responsáveis pela Rádio de Rua moram em Cidade Tiradentes. São eles: Francisco Estanislav; Luara Sanches; Jessica Nunes; Natali Santos; Thabáta Letícia; Claudio Pavão; Paulo Maia; Fernando Alves; Ellen Rio Branco; Ricardo Big.
Com idades que variam entre 14 e 31 anos e todos fazem parte do Núcleo Teatral Filhos da Dita, “cria” do Centro Cultural Arte em Construção e do grupo de teatro Pombas Urbanas. Vejam abaixo uma entrevista com o grupo, sobre esse novo – e diferente – meio de comunicação.
Como surgiu a idéia da Rádio de Rua?
Somos um Núcleo de jovens moradores de Cidade Tiradentes que está sendo formado em Teatro pelo grupo Pombas Urbanas, desde 2004, no Centro Cultural Arte em Construção. A divulgação do trabalho já era feita pelo próprio Pombas Urbanas com as intervenções teatrais em ruas e feiras livres do bairro ou com a rádio, que era feita com mesa e caixa de som na porta do Centro Cultural tocando música e convidando as pessoas pra programação de espetáculos, filmes e cursos. Aos poucos, e como parte de nossa formação artística, fomos participando dessa divulgação nas feiras e na rádio. Em 2006, nós do Núcleo escrevemos um projeto para o Programa VAI e fomos contemplados, viabilizando assim a criação da Rádio de Rua Ambulante que passou a mesclar as intervenções teatrais com a rádio, que ganhou mobilidade para ir além da porta do Centro Cultural. Montada num triciclo de carga e ligada em bateria de carro, a Rádio passou a circular as ruas do bairro divulgando eventos culturais e entretendo os moradores.

Qual a reação das pessoas na rua com a Rádio? Cria-se um diálogo com elas?
No começo rolava mais curiosidade por parte das pessoas na rua, pois mesmo sendo um triciclo de carga as pessoas não o viam como tal, até pelo visual que demos a ele. Então, quando o vêem pela primeira vez, perguntam: O que é isso? O diálogo se dá muito mais quando, além do barulho da música ou utilização dos microfones, vamos caracterizados de personagens, o teatro dá mais vida à Rádio. Esse diálogo também flui porque geralmente os personagens que criamos pra essas intervenções são baseados nos moradores do bairro – seja ele um nordestino ou uma criança -, daí eles se identificam e se mostram mais abertos a dialogar. E até pra gente fica mais fácil se relacionar com o público, porque não fica só uma relação “fria”, na qual só anunciamos no microfone o que vai rolar.
A partir desse diálogo, vocês fazem pesquisas para criar novas intervenções com a Rádio?
Por mais que tenhamos elaborado uma proposta pra Rádio de Rua quando escrevemos o projeto, na prática vemos como essa proposta vai se dando. A resposta das pessoas, o que funciona e o que não funciona é que vai dando novas idéias pra Rádio. Não há uma proposta fechada, sentimos que sempre surgirá algo novo.
E, em relação ao contato com as pessoas nas ruas, tem alguma história curiosa da Rádio?
Um dia, na volta da Rádio pro Centro Cultural, encontramos um cara que pegou o microfone e começou a falar da nossa programação como se estivesse narrando uma partida de futebol, nesse mesmo dia um morador do bairro pediu para tocar o cd de sua banda na Rádio. Quando a gente menos espera surge alguém intervindo. Outro dia, em Guaianases, um senhor bêbado fez uma declaração pra sua namorada no microfone da Rádio e se emocionou. Os jovens costumam cantar um funk. Enfim, as pessoas se divertem em mandar um recado na rádio pra um amigo que às vezes tá do lado.
Nesse tempo em que a Rádio circula, vocês tiveram retornos concretos de pessoas que os viram na rua e chegaram ao Centro Cultural Arte em Construção?
Como a programação rola de fim-de-semana, fazemos a divulgação com cartazes e flyers durante a semana. A Rádio funciona na divulgação de imediato, horas antes do espetáculo por exemplo. No final das apresentações fazemos pesquisas com o público pra saber de que forma ele ficou sabendo do Centro Cultural, daí variam as respostas. A Rádio tem sua parte mas o boca-a-boca funciona muito também. Há jovens que ficaram sabendo dos cursos do Centro Cultural porque o pai pegou um flyer com a Rádio na feira.

Vocês acreditam que a Rádio estimula, de alguma forma, outros jovens a buscarem maneiras criativas de comunicação?
Não temos idéia de algum resultado concreto realizado por outros jovens, mas alguns que vêm no nosso espaço e conhecem a bike-rádio curtem a idéia e acabam participando conosco, mesmo que seja por um dia. Trazem um novo olhar sobre nosso trabalho e isso nos dá novas possibilidades de criar propostas que ainda não havíamos pensado. Ontem, numa escola fizemos a Rádio e fomos convidados a participar de um evento de bandas de rock... pode parecer que não tem nada a ver, mas é legal dialogar com outras linguagens. Ultimamente temos conversado sobre essa abertura da Rádio, sobre abrir mão um pouco, pra que outros jovens se apropriem da Rádio como instrumento para mostrar o que fazem, seja tocar, cantar, recitar. Como já vem rolando com alunos dos cursos do Centro Cultural.

Fotos: Divulgação/ Pombas Urbanas

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Espetáculo Teatral "Os Tronconenses".

Sobre o Espetáculo: "Os Tronconenses"...




A montagem do espetáculo 'Os Tronconenses' é uma arte que traduz a realidade que vivemos das periferias ao centro da cidade.

Todas as cenas são constituídas de personagens que vemos todos os dias: a Louca, que fala sem pudor das verdades que muitas vezes são camufladas; a Dita, uma mulher nordestina que trabalha noite e dia para sustentar a casa e seus filhos; a 'boca do lixo' nome que usamos para denominar as ruas do centro da cidade com os meninos de rua; as prostitutas e o cafetão. Todos possuem um domínio e agilidade de sobrevivência no espaço que vivem e ao mesmo tempo são ignorados por quem passa.

Esse espetáculo tem a possibilidade de mostrar ao público o que somos enquanto jovens, brasileiros, nossa cultura, nossa identidade e nossa realidade. Todos participam e fazem parte direta ou indiretamente da 'cena', que é a realidade de todos os dias, mas que muitas vezes ignoramos e maquiamos.

Núcleo Teatral "Filhos da Dita", Cid.Tiradentes, Z/L - SP

Quem somos ? O que fazemos?


Em outubro de 1989, Lino Rojas inicia o projeto “Semear Asas” na Oficina Cultural Luiz Gonzaga para jovens do bairro de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, com o objetivo de formar “atores orgânicos”, capazes de compreender seu corpo, sua voz, seus sentimentos, sua realidade, suas raízes culturais e, à partir disso, criar, produzir, administrar e difundir seu trabalho artístico.

Ao final de um ano, cerca de 20 jovens dos mais de 100 que haviam passado pelas oficinas e tinham se identificado com a proposta, formaram a Companhia Artística Pombas Urbanas.

O grupo passou a trabalhar um ator que busca uma Arte de excelência, discerne e explora a vida e os conflitos humanos de diferentes contextos sociais e compromete-se em levar sua Arte aos setores mais amplos possíveis da sociedade. Com esta prática, criou textos, montou espetáculos, participou de encontros e festivais pela América Latina, apresentou suas peças em teatros do centro de São Paulo e em centenas de praças, terrenos e escolas da periferia da cidade.

Em julho de 1995, depois de acumular uma intensa bagagem sob orientação de Lino, os jovens atores do Pombas Urbanas começam a ministrar uma série de oficinas teatrais em vários bairros da periferia de São Paulo transferindo seu processo de formação teatral.

Em 2004 o Instituto Pombas Urbanas pousa em Cidade Tiradentes num galpão abandonado sem teto, chão quebrado, sem luz e sem água. Neste local, instala sua sede e em meio a ruínas, iniciam os cursos de teatro para jovens. Após várias oficinas, forma-se o primeiro Núcleo Jovem de Teatro do Centro Cultural Arte em Construção. Passados dois anos, este Núcleo de 10 ''jovens teatreiros” forma o “Núcleo Teatral Filhos da Dita”, em homenagem as mulheres deste bairro, guerreiras que todos os dias, confiam seus filhos às mais variadas adversidades. Assim cresceram estes jovens: com responsabilidades, sonhos, desejos que tentam viabilizar das mais variadas formas e com uma força incrível de viver e fazer arte.

Cabe a nós, Pombas Urbanas, orientá-los pelo caminho da Arte para que toda a comunidade se emocione e se reconheça ao ver encenadas suas histórias, suas alegrias, tristezas e tragicomédias representados por seus filhos, filhos do bairro, os jovens “Filhos da Dita”.